Reunião de Jovens

“RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA”


Na passada Reunião de Jovens (2 de Abril) foi trabalhado o tema da Ressurreição de Jesus (catequese nº7 da preparação para as Jornadas Mundiais da Juventude). 
Este tema assume particular importância neste tempo de Quaresma, ajudando-nos a compreender um pouco melhor este mistério e a acolher com ainda mais alegria a Boa Nova que Jesus nos trouxe. 

O que é a Ressurreição de Jesus?

1) Um acontecimento surpreendente

“É verdade! O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” , Lc 24,34 

Jesus verdadeiramente ressuscitou e assim foram descobrindo as testemunhas das suas aparições. Mas o Seu Santo Corpo Está diferente! É uma carne transfigurada, com propriedades espirituais: é material e espírito ao mesmo tempo.

PORQUÊ? Porque a carne foi espiritualizada com a presença do Espírito Santo. Por isso, é uma nota comum às aparições constatar como, ao princípio, não O reconheceram (mulheres no sepulcro e os discípulos de Emaús). Está transformado, a sua humanidade recebeu a plenitude do Espírito Santo. 

2) Uma amostra do poder de Deus
“Deus que ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará também a nós mediante o seu poder", 1 Cor 6,14

“Deus ressuscitou Jesus de entre os mortos” É esta a primeira fórmula de fé que aparece no Novo Testamento e é muito básica. É um fragmento carismático, quer isso dizer que pertence à fé original pregada pelos apóstolos. A ressurreição confirma que Jesus não é simplesmente homem, mas é Deus. 

3) O fundamento da Fé da Igreja 
“ E nós aqui para vos anunciar a Boa-Nova de que a promessa feita a nossos pais, Deus a cumpriu em nosso beneficio, para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus”,  Act 13, 32-33 

A ressurreição de Cristo, realizada com a força de Deus, é o centro e a originalidade da Fé Cristã. Mas a força da ressurreição está no depoimento das testemunhas. S. Paulo assinala algumas delas: Pedro, os Doze Apóstolos, um grande número de discípulos e por fim ele próprio. (1Cor 15,3-8). Em primeiro lugar o testemunho do sepulcro vazio e depois as numerosas aparições. 

4) A fonte de salvação
“Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé” , 1Cor 15,17

A ressurreição de Cristo transforma o cansaço e a frustração em esperança. É possível algo novo! Afinal é possível a mudança! Não há nada que esteja perdido. Esta é a experiência dos discípulos: com medo, encerrados no cenáculo, só conseguem superar o medo vendo Jesus ressuscitado. Assim também os discípulos de Emaús mudam radicalmente: “Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém” (Lc 24,23). 

5) Um acontecimento histórico e transcendente 

“Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos onze…

…mas as suas palavras pareceram-lhes um desvario, eles não acreditaram nelas”. Lc 24,9-11

O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento real que teve manifestações historicamente comprovadas como nos garante o Novo Testamento. É um acontecimento inesperado, em primeira instância não reconhecem que é Jesus, no princípio custa-lhes a acreditar que se tratava de Jesus, somente pelos seus gestos e palavras, é que O reconhecem. É exemplo, os discípulos de Emaús, só O reconhecem quando Jesus faz o sinal de “partir o pão”.

É impossível interpretar a Ressurreição de Cristo fora da ordem física, e não reconhecê-lo como um feito histórico. 

A fé da Igreja, testemunhada pelos depoimentos, manifesta o feito da ressurreição mas não concretiza o modo como esta se deu. Assim o diz o Catecismo:

Ninguém foi testemunha ocular do exacto acontecimento da Ressurreição e nenhum evangelista o descreve. Ninguém pode dizer como aconteceu fisicamente. E menos ainda, não foi perceptível aos sentidos a sua essência mais íntima, a passagem para a outra vida. E embora a ressurreição seja um acontecimento histórico demonstrado pelo sinal do sepulcro vazio e pela realidade dos encontros dos apóstolos com Cristo ressuscitado, nem por isso pertence menos ao centro do Mistério da fé naquele que transcende e sobrepassa a história. 

6) Trouxe Vida Nova 
Já que vos despistes do homem velho, com as suas acções, e vos revestistes do homem novo” , Col 3,9

Temos de entender o sentido da ressurreição como complemento ao da morte. Se pela morte de Jesus somos libertados do pecado e da morte eterna, pela ressurreição abre-se-nos o caminho a uma vida nova. 

No baptismo, participamos no mistério pascal através do sinal da água. Ser sepultados na água significa morrer para o pecado, o ressentimento, a frustração e sair da água supõe começar uma vida nova em Deus. 

A vida nova que nos traz Cristo ressuscitado é a vida eterna. Não se trata só da vida futura, se quando vivemos no Espírito já possuímos a vida eterna, embora não plenamente. A vida nova e eterna não é simplesmente a outra vida; é também esta vida no mundo. 

7) Uma grande notícia que deve ser comunicada
Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» e contou o que Ele lhe tinha dito. Jo 20,18

É comum a todas as aparições que todos os que vêem Jesus não o podem calar. É tão grande a notícia que têm de anunciá-la. Assim pois, a ressurreição leva a voltar à comunidade e ao anúncio. O encontro com Jesus vivo leva a viver a fé na comunidade, a partilhá-la e a anunciá-la.

1 comentário:

  1. uma boa forma de entrar nos temas das reuniões quando nao se pode ir!
    obrigado e parabens ;)

    ResponderEliminar