Momento de Espiritualidade

O momento de espiritualidade realizado no dia 23 de Julho teve como tema "Não há razões para guardar ressentimentos". Aqui fica o texto para quem não pôde estar presente. É um texto e uma reflexão muito bonita e muito interessante por isso não deixem de ver :)

"Ou temos esperança dentro de nós ou não temos; é uma dimensão da alma e não depende essencialmente de uma determinada observação do mundo ou de uma avaliação da situação. A esperança não é uma previsão. É uma orientação do espírito, uma orientação do coração; transcende o mundo de que temos uma experiência imediata e os seus esteios estão para lá dos seus horizontes… "
VACLAV HAVEL, Disturbing the peace.

 

Ouve-se constantemente as pessoas dizerem: «Tenho direito a estar irritado devido à forma como fui tratado. Tenho direito a sentir-me zangado, magoado, deprimido, triste e ressentido.» Aprender a evitar esta forma de pensar é um dos segredos para se viver uma existência de paz interior, sucesso e felicidade.

Sempre que estamos cheio de ressentimento, estamos a passar as rédeas da nossa vida emocional aos outros. Se alguém nos diz algo que consideramos ofensivo, em vez de optar pelo ressentimento, conseguimos não levar a mal o que acabamos de ouvir e reagimos com bondade ou compaixão.

Não sentimos necessidade de fazer ver os outros que estão errados, nem de nos vingarmos quando vítimas de uma injustiça. E fazemos isso por nós, pelo mundo e pelo universo.

Ao interiorizar este entendimento, estamos a dar-nos a OPORTUNIDADE de viver de uma forma mais consciente e de experienciar um pouco mais do ser divino que existe dentro de nós…

Estamos a dar o nosso contributo ao mundo de forma consciente ou seja actuando em nós próprios, disciplinando o nosso pensamento e comportamento, perante tudo aquilo que se nos apresente.

Este entendimento pressupõe ultrapassar a atribuição de culpas, e aprender a enviar amor a todos; sob forma de amizade, respeito ou simplesmente por compaixão, em vez de raiva e ressentimento.

Conta-se a história de um mestre iluminado que reagia sempre a explosões de críticas, de reprovação e de ridicularização com amor, bondade e serenidade.

Um dos seus devotos perguntou-lhe como era possível que ele fosse tão bondoso e pacífico perante invectivas tão injuriosas. Em resposta ao seu devoto, o mestre fez-lhe esta pergunta:
«Se alguém te oferecer um presente e não o aceitares, a quem pertence esse presente?»
Perguntemos a nós próprios:
«Por que motivo hei-de permitir que algo que pertence a outra pessoa seja a fonte do meu ressentimento?»

Retirado blog O CAMINHO DA MONTANHA

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